Sentados a mesa, eu e a Morte decidíamos meu futuro em uma partida de xadrez.
Assim como no filme de Ingmar Bergman, tentei me apegar ferrenhamente a minha vida, inventando sonhos que pudessem acontecer caso eu sobrevivesse.Nos fitamos por um tempo.
- Seu rosto me é familiar...- falei, com um ar contemplativo.
- Impossível. Eu sequer existo. Talvez meu rosto seja uma mistura dos rostos guardados na sua memória, de entes queridos ou figuras carismáticas. Isso para tornar nosso papo mais aceitável, descontraído. Para falar a verdade, você me criou apenas para adiar as respostas que você já tem, mas não quer aceitar por serem duras demais.
- Então, eu estou criando essa conversa? Eu posso então te transformar em uma cadeira?
- Não, não pode.
- Qual o motivo real disso tudo? Viver um bom tempo sem aproveitar e, quando cair em si, morrer? As conquistas são inúteis! O amor é, então, o sentimento nulo de se firmar pateticamente a alguém ou alguma causa, e usar isso como desculpa para permanecer vivo?
- Tantas perguntas, e você já sabe todas as respostas.
- Tem razão... Alexandria me faz querer viver novamente, sinto abrir caminhos queimantes em meu peito ao pensar nela... Engraçado, esses lapsos de memória deixam imagens de rostos queridos voando, com uma áurea azulada ao redor, circundando entre fatos reais e simples anseios, flutuando por aí...
- Foi uma boa conversa, pena que eu tenha que deixar de existir...- Ekerot se debruçou sobre a tabuleta e pesou a cabeça sobre as mãos, Enquanto isso, derrubei o tabuleiro no chão, por que eu teria perdido e morrido, e logo quando eu havia entendido tudo: Alexandria me espera! O Mundo me espera!!
quarta-feira, julho 06, 2005
Conversas Paralelas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Olá amigo do Arthur: desculpe se eu soar apavorado, mas esse texto é meu, eu o reneguei e autorizei o Arthur a postá-lo por sua conta e risco. Portanto tuas conclusões estão baseadas no Arthur, não em mim, oque te faz reler o texto para então elogiá-lo só pondo o nome correto no lugar do autor. Eu não quis postar esse texto por ser velho e taxado demais, na verdade eu copiei totalmente o Sétimo Selo, que tu provavelmente deve conhecer.
Olá Filipe. que história é essa!? escuta aqui. eu perguntei varias vezes para ti se tu não quria postar o texto, tu disse que não. então eu pedi para faze-lo, porque, simplesmente, eu achei bom. mas agora que gostaram tu quer toda fama? fama? pode ficar com ela. se ela existir, o texto naõ é meu, mas se não fosse eu, ele não estaria aqui, o que me faz meio autor dele. e que historia é esta de setimo ceu? eu já fui lá, e posso dizer que não tem nada. o oitavo céu tem, lá ficam as bailarinas.
Postar um comentário