Tem um momento na vida da gente
Que é preciso agarrar com unhas e dentes
Não importando muito o dia de amanhã.
Seja esse dia o próximo, ou o muito longe,
A idéia principal é não bancar o monge
E fazer de conta que o que é para ser, será.
O que nos é aguardado é apenas potência
Não sendo certo nem incerto a eloquência
De nossas prósperas promessas de união.
Teríamos antes que nos guiar nesta estrada
Por um caminho à pessoa amada,
Ou então seguirmos sem rumo nem direção.
Com o silêncio, quem sabe, um dia
Diríamos ao sabor do vento a nossa agonia
De que não há pernas que sustentem a indeterminação.
Seja belo ou seja impuro
O amor não pode ficar sobre o muro
Aguardando o tapete do destino.
Não deixe que a sorte guie o seu caminho
Seja ele torto ou ajeitadinho
Porque de fato já não existe o grande tecelão.
Fato este que hoje já não importa tanto
Quanto os versos que agora canto
Com a voz um tanto mais embargada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário