- Vais me sentir, Saudade.
- Talvez o sinta, quem sabe...
- Eu o sei, e quem não sabe?
- Quem não sabe, não se sente de verdade.
- Tens razão, mesmo não tendo.
- A mim, não te compreendo.
- Compreendes sim, sou teu medo.
- Medo de quê, de degredo?
- Disto e de todo o resto.
- Sabes que a isto não me presto.
- Ora, te negas a me ver no que em ti existe?
- Não te nego, mas só na minha pureza me viste.
- Tua pureza é como um teto sem chão.
- Queres dizer que sem a ti sou em vão?!
- Isto mesmo, agora me diga quem tens no coração.
- Sendo ele um só, só poderia ser a ti, Solidão.
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