O rei obeso, grosso como um carvalho, ergueu com muita dificuldade (e, no fundo, um pouco de manha) seu enorme dedo, apontando apra um mendigo.
- Cavalariço! Me diga... por qeu aquele homem está azul?
- Por falta de alimento, Vossa Alteza!
- Está dizendo que não alimento meu reino?
- Sim.
- Hmm.. admiro sua sinceridade! Ganhará um prêmio.
- Mesmo?
- Claro que não! Soldados, enforquem-no. Não! Melhor, cortem-lhe a cabeça, e depois o enforquem.
- Mas senhor, isso seria um desperdício de mortes... Basta escolher uma das execuções!
- Até que és útil, para um condenado. Qual das mortes recomenda? Te darei essa chance!
- Desculpe-me se não pular de alegria, Majestade. Veja, as duas alternativas são ótimas, tem seus méritos! Mas... Se me cortarem a cabeça, como irão me enforcar?
- Sinto-me triste por ter de matá-lo, pois tens lautos conhecimentos no campo das execuções.
- Obrigado, Majestade. Mas.. então por que não me deixa vivo?
- Vês, não posso! Aí o que pensarão de mim? Que não tenho pulso, sou um fraco! Soldado, coce meus testículos. Isso... não, não, mais acima.
- Vossa Alteza, noto que seus soldados fazem tudo pelo senhor.
- Prossiga.
- E... um Rei deve ter uma postura
auto-suficiente, não precisa de homens para isso e aquilo! Um Rei deve agir como tal e mostrar seu poder incorporado.
- Aonde quer chegar homem?
- Acho que deves dispensar esses homens. Mande-os para suas famílias! Deixe-os descansar...
- Por que eu faria isso? Eles são pagos para fazer isso.
- Na verdade não, Senhor! - disse um dos servos.
- Mas hoje tiraram o dia pra me desafiar! Loucura! Você, junte-se ao cavalariço! Morrerão os dois.
- E quem comandará a carruagem?
- Você! Escudeiro! venha cá e...
- Ma io non sei pilota questa carruage ãhn?
- Demente! Morrerá também!
- Vocês ai adiante. arqueiros! Venham cá e comandem essa carruagem.
- Não podemos ouvi-lo daqui de cima, Majestade!
- Ahh! Morrerão todos!
Todos; os arqueiros, o cavalariço, o soldado e seu escudeiro, até mesmo o carrasco e mais dois servos formaram uma fila. Nisso, o Rei se ergueu, provocando intermitentes ondas em sua carapaça de óleo, e ordenou:
- Agora, decidirei quem será o carrasco.
Tentou, em vão, erguer o machado do chão, suou, peidou, saltitou.
- Pensei muito e decidi não erguer o machado. Faremos da seguinte maneira: vocês, arqueiros, atirem para o alto e se joguem na frente das flechas.
Os dois arqueiros atiraram para o alto, mas as flechas retornaram inofensivas, muito devagares.
Em seguida, a mando do Rei, o carrasco correu em direção ao machado, mas sabiamente desviou um pouco antes, apenas fazendo a sua barba do lado direito.
O cavalariço bateu em ums dos cavalos para que fosse atingido pelo coice, mas o cavalo apenas disparou, levando a carruagem.
O escudeiro tentou se enforcar, mas era deveras gordinho e apenas quebrou o galho da árvore.
O cavaleiro pegou sua faquinha e no momento em que ia cortar sua garganta, foi salvo por seu escudeiro.
Os dois servos correram u mem direção ao outro para cabeçearem até a morte, como carneiros do Nepal, mas no último momento passaram um pelo outro, dando os braços, e começaram a dançar.
o Rei se ergueu novamente.
- CHEGA! Me dá essa espada aqui moleque, é assim que se Glllhhhh.....
E todos viveram felizes para sempre, até que o escorbuto, o béri-béri e a Peste-Negra os dizimou.
(Filipe Bastos)
- Cavalariço! Me diga... por qeu aquele homem está azul?
- Por falta de alimento, Vossa Alteza!
- Está dizendo que não alimento meu reino?
- Sim.
- Hmm.. admiro sua sinceridade! Ganhará um prêmio.
- Mesmo?
- Claro que não! Soldados, enforquem-no. Não! Melhor, cortem-lhe a cabeça, e depois o enforquem.
- Mas senhor, isso seria um desperdício de mortes... Basta escolher uma das execuções!
- Até que és útil, para um condenado. Qual das mortes recomenda? Te darei essa chance!
- Desculpe-me se não pular de alegria, Majestade. Veja, as duas alternativas são ótimas, tem seus méritos! Mas... Se me cortarem a cabeça, como irão me enforcar?
- Sinto-me triste por ter de matá-lo, pois tens lautos conhecimentos no campo das execuções.
- Obrigado, Majestade. Mas.. então por que não me deixa vivo?
- Vês, não posso! Aí o que pensarão de mim? Que não tenho pulso, sou um fraco! Soldado, coce meus testículos. Isso... não, não, mais acima.
- Vossa Alteza, noto que seus soldados fazem tudo pelo senhor.
- Prossiga.
- E... um Rei deve ter uma postura
auto-suficiente, não precisa de homens para isso e aquilo! Um Rei deve agir como tal e mostrar seu poder incorporado.
- Aonde quer chegar homem?
- Acho que deves dispensar esses homens. Mande-os para suas famílias! Deixe-os descansar...
- Por que eu faria isso? Eles são pagos para fazer isso.
- Na verdade não, Senhor! - disse um dos servos.
- Mas hoje tiraram o dia pra me desafiar! Loucura! Você, junte-se ao cavalariço! Morrerão os dois.
- E quem comandará a carruagem?
- Você! Escudeiro! venha cá e...
- Ma io non sei pilota questa carruage ãhn?
- Demente! Morrerá também!
- Vocês ai adiante. arqueiros! Venham cá e comandem essa carruagem.
- Não podemos ouvi-lo daqui de cima, Majestade!
- Ahh! Morrerão todos!
Todos; os arqueiros, o cavalariço, o soldado e seu escudeiro, até mesmo o carrasco e mais dois servos formaram uma fila. Nisso, o Rei se ergueu, provocando intermitentes ondas em sua carapaça de óleo, e ordenou:
- Agora, decidirei quem será o carrasco.
Tentou, em vão, erguer o machado do chão, suou, peidou, saltitou.
- Pensei muito e decidi não erguer o machado. Faremos da seguinte maneira: vocês, arqueiros, atirem para o alto e se joguem na frente das flechas.
Os dois arqueiros atiraram para o alto, mas as flechas retornaram inofensivas, muito devagares.
Em seguida, a mando do Rei, o carrasco correu em direção ao machado, mas sabiamente desviou um pouco antes, apenas fazendo a sua barba do lado direito.
O cavalariço bateu em ums dos cavalos para que fosse atingido pelo coice, mas o cavalo apenas disparou, levando a carruagem.
O escudeiro tentou se enforcar, mas era deveras gordinho e apenas quebrou o galho da árvore.
O cavaleiro pegou sua faquinha e no momento em que ia cortar sua garganta, foi salvo por seu escudeiro.
Os dois servos correram u mem direção ao outro para cabeçearem até a morte, como carneiros do Nepal, mas no último momento passaram um pelo outro, dando os braços, e começaram a dançar.
o Rei se ergueu novamente.
- CHEGA! Me dá essa espada aqui moleque, é assim que se Glllhhhh.....
E todos viveram felizes para sempre, até que o escorbuto, o béri-béri e a Peste-Negra os dizimou.
(Filipe Bastos)
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