João Ventura sentou naquela cadeira ali. Aquela mesma. Sentou, chamou o garçom, pediu uma cerveja e quando o cidadão se afastou, suspirou.
Eu sei disso por que estou sentado deste lado do bar, tomando a minha e escolhendo qual destas raparigas levaria para casa. É tudo figura de linguagem, eu sei. Mas uma linguagem bonita, reconheço.
O caso é que João Ventura está decididamente ali sentado na cadeira. Suspirou uma vez só, depois ficou olhando a gota de água sob a mesa. Eu juro que posso ouvir seus pensamentos, mas nao é verdade. Só posso imaginá-los. Imaginá-los ou lembrá-los. Como queiram, oh leitores...!
É um daqueles momentos onde se pode pensar o que quiser, pois não se deve pensar em nada, em absoluto. Eu fico imaginando esse tempo; eu ali, sentado; eu aqui, sentado; elas ali, sentadas. Lindo! Mas em nada para pensar. É exatamente um destes momentos. Onde se pode pensar em tudo, absolutamente tudo, e não pensar em nada.
Espere! Sim! Ele está pensando! Me lembro desta ruguinha na testa! Que saudade dela! Sim! É a ruguinha do pensamento! No que estará pensando João?! Pergunto como se fosse difícil imaginar. Ana.
Pois é Ana.
"Acho que sei exatamente o que isso significa", pensou João, "Significa que encontrei o amor... Significa que é assim que se descobre o amor! É quando no momento em que se pode pensar em tudo e em nada... Quando sem querer (em absoluto) pensar, e mesmo assim, o pensamento nela acontece... Nela e em mais ninguém! Se foge, mas não se escapa... É o fim da liberdade, o inicio dela... Quem sabe...?! São mais pensamentos inacabados que certezas triunfantes...? Mais frases de efeito que respostas objetivas...?"
Pronto. Assim falou João Ventura. Assim está falado. Se não o Conhecesse bem, diria que está mesmo apaixonado. Não caio nessa, não. Sou uma raposa velha mesmo. Se não soubesse o final desta história, não seria a minha.
Pego a minha cerveja, levanto e vejo a cena: o garçom parado com a cerveja na mão; João Ventura é somente um vulto pela porta. Eu sorrio, sigo até a mesa das raparigas e proponho um brinde.
Um brinde à inocência.
Eu sei disso por que estou sentado deste lado do bar, tomando a minha e escolhendo qual destas raparigas levaria para casa. É tudo figura de linguagem, eu sei. Mas uma linguagem bonita, reconheço.
O caso é que João Ventura está decididamente ali sentado na cadeira. Suspirou uma vez só, depois ficou olhando a gota de água sob a mesa. Eu juro que posso ouvir seus pensamentos, mas nao é verdade. Só posso imaginá-los. Imaginá-los ou lembrá-los. Como queiram, oh leitores...!
É um daqueles momentos onde se pode pensar o que quiser, pois não se deve pensar em nada, em absoluto. Eu fico imaginando esse tempo; eu ali, sentado; eu aqui, sentado; elas ali, sentadas. Lindo! Mas em nada para pensar. É exatamente um destes momentos. Onde se pode pensar em tudo, absolutamente tudo, e não pensar em nada.
Espere! Sim! Ele está pensando! Me lembro desta ruguinha na testa! Que saudade dela! Sim! É a ruguinha do pensamento! No que estará pensando João?! Pergunto como se fosse difícil imaginar. Ana.
Pois é Ana.
"Acho que sei exatamente o que isso significa", pensou João, "Significa que encontrei o amor... Significa que é assim que se descobre o amor! É quando no momento em que se pode pensar em tudo e em nada... Quando sem querer (em absoluto) pensar, e mesmo assim, o pensamento nela acontece... Nela e em mais ninguém! Se foge, mas não se escapa... É o fim da liberdade, o inicio dela... Quem sabe...?! São mais pensamentos inacabados que certezas triunfantes...? Mais frases de efeito que respostas objetivas...?"
Pronto. Assim falou João Ventura. Assim está falado. Se não o Conhecesse bem, diria que está mesmo apaixonado. Não caio nessa, não. Sou uma raposa velha mesmo. Se não soubesse o final desta história, não seria a minha.
Pego a minha cerveja, levanto e vejo a cena: o garçom parado com a cerveja na mão; João Ventura é somente um vulto pela porta. Eu sorrio, sigo até a mesa das raparigas e proponho um brinde.
Um brinde à inocência.
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