Fiz a mim mesmo uma promessa indecorosa
Colocada no papel e sublinhada pela fé
Que deste outono evaporaria a dor mais horrorosa:
Te conquistaria sem a mim e te faria minha ré.
Pudesse eu te julgar, deveras já sabia,
O que não esperava era que de um veredicto cheio de alegria
Decidido aos pares e levado à arca
Minha condenada me olhasse de outra comarca.
E do brilho do teu olhar naquele momento
vi a mim mesmo, a peso d'ouro, todo o tempo
Qual agora aposto novamente, empertigado.
E sem a condição de fazer a aposta exata
Eu me sinto igual um magnata
Que perdeu a fortuna no carteado.
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