Dizem, e queremos acreditar,
Que do tempo não sobra nada
E a mentira, que é a prova do amar,
Não é maior do que a lembrança guardada.
Teu olhar e teu sorriso ainda esperam
O meu gesto e o meu falar cotidianos,
Mas com salutar ironia ignoramos
O tempo e a mentira que nos pregam.
Enfim o acaso sentiu o desgosto
Com a patente maior do que o seu posto
Obrigando o sentimento a hibernar.
E todo esse tempo de espera
Não foi nada além de um sopro que não supera
O nosso sempre vicioso retornar.
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