quinta-feira, julho 13, 2006

Salva minha, salva vida...

Ressuscita em mim o que já morreu... Traz à vida em mim, o que nem viveu. Me faz ir mais longe do que os passos podem me levar. Me dá sonhos impossíveis pra acordar. Um filho pra criar e problemas pra esquecer...
Traz o espelho pra me refletir. A piada sem graça que me faz sorrir. O medo que me faz temer, na anciosa coragem de sobreviver.
Me traz a noite mais feliz da minha vida, e o dia que eu quero esquecer. Me dá os motivos mágicos pra ser criança e as razões todas pra querer crescer...
Me traz as lembranças da infância e a tola esperança de envelhecer. Me dá as inseguranças das certezas e o valor do cotidiano...
Me desacostuma ao egoísmo com flores primaveris do outono...
Congela com teu calor o meu inverno, e no teu verão quero ser passado. Brincadeira de mangueira no quintal, a poeira antes do temporal. Traz o cheiro de terra molhada depois da chuva. Permanece como meia velha na gaveta, entre os papeis de bala do recreio.
Fica na poesia cansada da caneta, entre o mal que não pode ser desfeito. Traz a alegria da sensação Doce de leite Ninho com Nescau e dos pinheirinhos "que alegria" das noites quentes de Natal.
Seja toda minha vida e a metade do que não vivi...


Dedico ao sapientissimo "Peter Pan"

por Mariana (Ana e o mar)

3 comentários:

Arthur disse...

ficou muito bom. gostei. gostei bastante mesmo. quem terá os 50% que falta?

Anônimo disse...

concordo com o Arthur,ficou muito bom...
espero mesmo que o petter nunca venha pra esse mundo,mas que vc o encontre lá!!!
q cada suspiro seu aqui,se transforme em anos na terra do nunca!
felicidades,vc escreve divinamente!

Anônimo disse...

EI AMIGA...VC SABE QUEM É, NÉ?
ESSE ULTIMO COMENTÁRIO AÍ!!!