Fico muito irritada
Com a atenção que não me é dada
extremamente furiosa
Quando alguém não me dá prosa
Parando pra pensar bem
Acho que não existe coisa mais horrorosa
do que desfazer de alguém
Ora, caríssimo...
Não te pedi nenhum vintém
Não te exigi nenhuma alta cerimônia
Como assim finges que não sou ninguém?
Se é que um dia fui algo importante pra ti
Se mexi com os teus brios
Porque me tratas com demasiado desdém?
Nem parece que te causei calafrios
Muito menos que chegaste a ser o meu bem
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
terça-feira, fevereiro 24, 2009
O centro das atenções
Não importava quanto tempo ela passava sozinha, sempre bastava a si mesma.
A própria companhia era sempre sua predileta.
Apreciava cada segundo da solidão como se isto fosse seu maior trunfo.
Se sentia sempre tão bem acompanhada que já não fazia questão da presença dos outros.
Vivia num mundo de concordância consigo mesma.
Nada era mais confortável e afável...
Ela não precisava explicar os conceitos mais intrínsecos, não tinha a necessidade de discutir relação alguma; afinal nada havia, ninguém havia...
Trancada dentro de si mesma: confiante e nada conflitante
Se tinha necessidade de diversidade, recriava-se com a criatividade que lhe era inerente.
Nada de diferente, apenas a mesma coisa vista sob seus vários ângulos.
Suas inúmeras facetas sendo criadas e re-criadas... Ela estava, enfim, no centro das suas próprias atenções.
A própria companhia era sempre sua predileta.
Apreciava cada segundo da solidão como se isto fosse seu maior trunfo.
Se sentia sempre tão bem acompanhada que já não fazia questão da presença dos outros.
Vivia num mundo de concordância consigo mesma.
Nada era mais confortável e afável...
Ela não precisava explicar os conceitos mais intrínsecos, não tinha a necessidade de discutir relação alguma; afinal nada havia, ninguém havia...
Trancada dentro de si mesma: confiante e nada conflitante
Se tinha necessidade de diversidade, recriava-se com a criatividade que lhe era inerente.
Nada de diferente, apenas a mesma coisa vista sob seus vários ângulos.
Suas inúmeras facetas sendo criadas e re-criadas... Ela estava, enfim, no centro das suas próprias atenções.
domingo, fevereiro 22, 2009
Mancha de Manga Nao Sai
Eu vou encontrar um pé de manga
E me deitar aos seus pés
Assomado nas barrancas do rio
Que me dê coragem pra seguir viagem
Ao meu destino vazio
Certo que algum dia haverá fogo
No meu palheiro de alecrim
É todo meu sufoco
Procrastinando o fim
A mensagem de esperança é que da manga não sai a mancha
Nem a mancha de manga sai
Lavada com água da sangua.
E me deitar aos seus pés
Assomado nas barrancas do rio
Que me dê coragem pra seguir viagem
Ao meu destino vazio
Certo que algum dia haverá fogo
No meu palheiro de alecrim
É todo meu sufoco
Procrastinando o fim
A mensagem de esperança é que da manga não sai a mancha
Nem a mancha de manga sai
Lavada com água da sangua.
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
Ânsia de viver
Na ânsia de viver intensamente
Queria estar em todos os lugares
Ouvir todas as canções
Tudo ao mesmo tempo
Queria se secar no inverno ao vento
E explorar os 7 mares
Usando os três sentidos
Via fantasia
Respirava sonhos
Saboreava amores...
Das dores ela nunca comentava
Se chorava, ninguém via
Se não era feliz, ao menos ela fingia...
Queria estar em todos os lugares
Ouvir todas as canções
Tudo ao mesmo tempo
Queria se secar no inverno ao vento
E explorar os 7 mares
Usando os três sentidos
Via fantasia
Respirava sonhos
Saboreava amores...
Das dores ela nunca comentava
Se chorava, ninguém via
Se não era feliz, ao menos ela fingia...
entrelinhas
Se dedicares um momento
verás que tudo se explica nas entrelinhas
todo o não dito está escrito
A vida é mais bela se discreta,
inquieta como os versos de um poeta
perdidos dentro de um livro esquecido
As lembranças são como cristais
Tão impressionantes
Tão frágeis, tão fáceis de quebrar
Nunca parece que temos o bastante
sempre queremos mais
E mais...
verás que tudo se explica nas entrelinhas
todo o não dito está escrito
A vida é mais bela se discreta,
inquieta como os versos de um poeta
perdidos dentro de um livro esquecido
As lembranças são como cristais
Tão impressionantes
Tão frágeis, tão fáceis de quebrar
Nunca parece que temos o bastante
sempre queremos mais
E mais...
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Roteiro de Cinema.
Tela negra.
Narrador: ipanema que surge.
Ipanema surge. sol, céu azul, deserta.
Narrador: 11 horas.
Pessoas surgem. o sol brilha. praia cheia.
Narrador: da noite.
A luz do dia se apaga. ipanema noturna. luzes dos postes. pessoas andando e caminhando.
Um homem de camisa branca e gravata vermelha correndo nas areias da praia em direção ao mar.
A imagem acompanha tremida o homem correndo, desesperado.
Meio caminho do mar, a imagem aguarda na areia. tudo em volta do o homem é parado, mas ele continua correndo em direção ao mar.
Narrador: É correto que os homens, e talvez as mulheres também, possuem três corações.
O homem adentra o mar. a imagem continua parada enquanto ele continua em direção ao horizonte. o homem nada.
Narrador: Entre estes três corações, um deles bate a vida toda. é o que os naturalistas chamam de músculo cardíaco. os outros dois corações batem em um só momento da vida.
O homem nada. a imagem o acompanha.
Narrador: um dos corações só bate quando o homem se apaixona.
Flash de memória. o homem de camisa branca e gravata vermelha na multidão, no centro da cidade. algazarra. o homem avista uma mulher de vestido verde e cabelo preso. silêncio. som de batidas de coração. ele sorri.
Narrador: o último bate só quando o quebram de vez.
Flash de memória. o homem adentra de súbido uma porta. seu rosto em alegria se converte em tristeza. na sala há a mulher de vestido verde e cabelo solto. há outras pessoas segurando taças nas mãos. todos param e olham para o homem. as vozes se calam. silêncio. duas batidas de coração. o homem se vira em desespero e corre. desce as escadas do prédio. atravessa as ruas. chega ao mar. a cena correndo na praia se repete.
Flash de memória. o homem adentra de súbido uma porta. seu rosto em alegria se converte em tristeza. na sala há a mulher de vestido verde e cabelo solto. há outras pessoas segurando taças nas mãos. todos param e olham para o homem. as vozes se calam. silêncio. duas batidas de coração. o homem se vira em desespero e corre. desce as escadas do prédio. atravessa as ruas. chega ao mar. a cena correndo na praia se repete.
terça-feira, fevereiro 10, 2009
Escala de Fá
Não caía nunca em SI a moça
Até se fazia SOL
Era de dar DÓ vê-la por aí
Colecionando expectativas sem fim
LÁ e cá sempre seguindo em frente
Esbarrando em toda a gente
Sem brecar e nem dar RÉ
MI falaram que se perdeu por aí
Carregando uma viola entre os braços
Mas o que se comenta
É que à toda escala procura-se FÁ
Até se fazia SOL
Era de dar DÓ vê-la por aí
Colecionando expectativas sem fim
LÁ e cá sempre seguindo em frente
Esbarrando em toda a gente
Sem brecar e nem dar RÉ
MI falaram que se perdeu por aí
Carregando uma viola entre os braços
Mas o que se comenta
É que à toda escala procura-se FÁ
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